Tenso, Bonito, Sensacional
Acabei de assistir o ultimo lançamento da Warner: “Gravidade”. Senhoras e senhores, eis uma obra de arte. Para quem ainda não assistiu, não leia o resto do post, vale a pena manter a mente sem spoilers. E lembre-se de assistir em 3D, esse vale a pena.
Sou fanático pelo espaço, de verdade. Já devo ter visto uns 50 documentários e lido muitos, mais muitos textos. Assim que eu vi o trailer do filme eu falei, tenho que assistir! A ideia de um desastre no espaço soa bem interessante, um pouco clichê, para falar a verdade, basta lembrar de filmes como “Missão Marte”, ou até de clássicos como “Alien”. Mesmo assim, Gravity (título original), mostrou que clichê não significa nada.
Sobre o roteiro:
Gravidade apresenta uma história simples. Astronautas trabalhando no espaço, quando ocorre um problema. Como consequência, uma catástrofe colossal, levando a luta pela sobrevivência ao extremo. Em termos de comparação com a realidade, o roteiro e extremamente, pasmem, plausível, o que é assustador. Eu até iria colocar um trecho de uma entrevista com o povo da NASA que discute exatamente isso, mas como o site deles está fora do ar, fica pra próxima. Para facilitar minha análise, usarei alguns adjetivos.
Tenso – As situações as quais os protagonistas Dr. Ryan Stone (Sandra Bullock) e Matt Kowalsky (George Clooney) são submetidos são de tirar o folego, literalmente.
A metáfora:
Para mim, os melhores filmes são aqueles que, alem de me entreter, é claro, me fazem ficar filosofando por, no mínimo, uma semana. Nesse filme, a metáfora é bem clara. O espaço sideral faz uma analogia ao isolamento que a Dr. Stone criou em torno de si, após eventos trágicos em sua vida. Para continuar vivendo, ela terá que sair dessa bolha e voltar a realidade, ou, a Terra. Uma lição bem clara de como é importante aceitar alguns acontecimentos e se desapegar de certas coisas ou pessoas. Uma analogia bem próxima à feita no longa “Super 8” de J.J. Abrams.
Quanto a execução:
Aqui entram os adjetivos Sensacional e Bonito. Inicialmente, a atuação de Sandra Bullock é perfeita. A atriz mostrou que pode, muito bem, interpretar personagens dramáticos como a Dr. Stone. George Clooney também fez uma participação bem bacana no filme. Quanto a fotografia, o filme é maravilhoso, as imagens da Terra e do Espaço colaboram para criar a profundidade do roteiro.
O diretor Alfonso Cuarón, que já dirigiu filmes como Harry Potter e o Prisoneiro de Azkaban, merece um Óscar! Planos-Sequencia em quantidade, ou seja, o filme apresenta pouquíssimos cortes de imagens o que colabora para adicionar realismo. Falando em Realismo, mais um Óscar pra eles, a atenção aos detalhes nos cenários é impressionante, sem contar com o respeito as leis da física. Sim, assistam o filme e vocês entenderão. Por ultimo os efeitos visuais são impecáveis e a trilha sonora, mais os efeitos sonoros, são utilizados perfeitamente e colaboram com o enredo.
Cena do filme. A atenção aos detalhes é impressionante.
Considerações finais:
Gravidade me surpreendeu. Acho que o filme segue uma linha nova em Hollywood, que inclui filmes como “As Aventuras de Pi”, onde existe uma mensagem simples e humana por trás de toda a obra. Para os fãs de Ficção Científica, o filme é perfeito. Me apoderando de palavras de terceiros (li em uma reportagem), “Em Gravidade, o espaço sideral torna-se uma alegoria para uma viagem de fundo emocional”. Acho que é o suficiente para afirmar que é uma grande obra e que vale a pena ser assistida.
Informações: http://www.imdb.com/title/tt1454468/?ref_=nv_sr_1
De fato, uma obra prima. Infelizmente não recebeu tanto a atenção da mídia, mas fiz questão de assistir a esse filme maravilhoso duas vezes na telona.