Extremely Loud & Incredibly Close (título original)
Se existe um gênero cinematográfico que eu não sou muito fã são os dramas. Quero dizer, eu até gosto, mas detesto tudo o que eles provocam.
“Tão forte e Tão perto” foi um desses filmes que passam despercebidos no meu radar cinematográfico, isso ocorre normalmente com os dramas, acho que é um defeito por eu ser vidrado em blockbusters. Um dia eu assisti os 10 primeiros minutos. Sabe como é né, não deu para parar.
A história se passa em Nova York. O tempo não segue uma ordem cronológica devido aos vários “flash backs”, mas isso não impede o entendimento da trama. Oskar Schell (Thomas Horn) é um garoto de nove anos que tem sua vida revirada devido à morte de seu pai, Thomas Schell (Tom Hanks), no atentado de 11 de setembro de 2001. Um ano após o ocorrido, Oscar encontra uma chave entre os pertences de seu pai, ele sai então em busca da fechadura correspondente.
Baseado no livro de mesmo título de Jonathan Safran Foer, é muito difícil de não se emocionar durante os momentos que precederam a morte de Thomas e pelo conflito vivido pelo garoto. Sem mencionar um clássico drama familiar entre Oscar e sua mãe Linda Schell (Sandra Bullock). A direção de Stephen Daldry, conhecido pelo filme “Billy Elliot”, da profundidade a história.
No campo dos atores, Thomas Horn trabalhou de forma impecável e se destacou por ter sido seu primeiro longa-metragem. Créditos também para Max von Sydow (o inquilino) por conseguir expressar todos os sentimentos de seu personagem sem pronunciar uma palavra.
Com toques de suspense e mistério, o filme consegue, no fim, realizar uma homenagem às vítimas do atentado. Faz-nos refletir sobre a vida, algo arriscado atualmente, pois o público se interessa por produções que os tirem da realidade. Resumindo, é um longa que merece ser assistido.