Para começar quero deixar claro que sou BEEEM suspeito para falar desse filme, uma vez que ele reúne duas coisas que adoro em qualquer produção artística (2ªGuerra e Fatos Reais).
Bom, o filme se passa em 1944 e 1945, em meio à Segunda Guerra Mundial. Frank Stokes (interpretado por George Clooney que também dirigiu e escreveu o filme) reúne um grupo de especialistas em arte para uma missão um tanto quanto diferente ao que é habitual em filmes de guerra. Esse grupo tem como objetivo resgatar as obras de arte que Hitler roubou nos países por ele dominados, com o objetivo de manter o legado e a história humana a salvo, já que Adolf Hitler aprovou em 19 de março de 1945 o Decreto Nero (Em caso de queda do Reich, todas as obras de arte e infraestrutura alemãs devem ser destruídas para que os aliados não às usem).
O filme tem alguns momentos dramáticos, mas a meu ver tende mais para a comédia, cuja missão é o eixo principal, já que parece ser um tanto impensável (especialistas em arte no meio de uma guerra salvando obras de arte) e pelos personagens que por si só já são muito engraçados.
Agora olhando por um viés mais técnico eu diria que o filme tem uma ambientação excelente e um roteiro tão bom quanto. Escrito por George Clooney em parceria com Grant Heslov o roteiro consegue prender o espectador do começo ao fim e não possui erros históricos graves (o que muito me incomoda em filmes baseados em fatos reais), apesar de o roteiro ser mais fantasiado que o livro (The Monuments Men, Robert M. Edsel).
O que ajuda o longa a se estabelecer como um bom filme é o elenco principal que contém atores de peso como George Clooney (Frank Stokes), Matt Damon (James Granger), Bill Murray (Richard Campbell), Cate Blanchett (Claire Simone), John Goodman (Walter Garfield), Jean Dujardin (Jean-Claude Clermont), Hugh Bonneville (Donald Jeffries) e Bob Balaban (Preston Savitz).
A trilha sonora do filme, criada pelo compositor Alexandre Desplat (Harry Potter: Deathly Hollows pt.1, Curioso Caso de Benjamim Button, …) é fantástica, com as músicas estando em perfeita sintonia com as cenas e com o espírito do filme como “marchinhas” que se encaixam com o ar cômico da produção.
Enfim, o filme não é uma maravilha cinematográfica, mas a sua qualidade é indiscutível.
#Destaque: O destaque fica com certeza para George Clooney que dirigiu de maneira primorosa, deixando o filme com o tempo certo, sem momentos entediantes e desnecessários para a compreensão da história, que escreveu de maneira genial fantasiando uma história baseada em fatos reais, tornando-a mais interessante, mas sem prejudicar a sua veracidade, e que apesar de ter estado um pouco apagado teve uma bela atuação.