O ano de 2017 marca o retorno da franquia Star Trek à televisão. 

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Após 12 anos , o universo criado por Gene Roddenberry retorna com sua nova encarnação,  Star Trek Discovery.

Star Trek (Jornada nas Estrelas) pode ser considerado um dos universos ficcionais mais bem estabelecidos que existe. Já são 50 anos de séries, filmes, jogos e livros. A série original foi ao ar entre 1966 e 1969 e, ao contrário do que muitos pensam, não um sucesso. Foi apenas em 1982 com o segundo filme da franquia que a série passou a chamar a atenção do grande público abrindo o espaço para mais dois filmes até quem em 1987 foi ao ar Star Trek: The Next Generation. 

A nova geração, inovou, não apenas nas histórias, mas nos efeitos e, mais importante, no formato de distribuição ( Sindicação) . Um sucesso internacional, a 2 encarnação de Star Trek, que fique claro que não se trada de um reboot,  ficou no ar durante 7 temporadas, garantiu mais dois filmes com o elenco da série original, quatro filmes com o elenco da nova geração e, ainda, dois spin-offs: Star Trek: Deep Space Nine e Star Trek: Voyager. 

Considerando as histórias das tripulações da nave Enterprise como eixo narrativo, em 2001 estreou mais uma nova encarnação da série, Star Trek: Enterprise, desta vez, se passando cronologicamente antes das aventuras da série original. Com apenas 4 temporadas, Enterprise sofreu com baixa audiência, sendo cancelada em 2005. Ouso dizer que ocorreu um certo esgotamento do público.

Em 2009 a franquia retornou aos cinemas com um reboot (mais para um universo paralelo) da série original, comandado por J.J Abrams. O filme foi um sucesso e garantiu mais duas continuações. Esse retorno acabou por gerar o interesse por toda a história do universo e, assim como a nova geração fez com a clássica, Star Trek voltou às atenções do grande público. Nesse contexto se encontra Star Trek Discovery, a mais nova série desse universo. Seguindo nossa lógica, trata-se de um Spin-off por não abordar as histórias da tripulação da Enterprise e sim da nave que dá o nome a série. Na cronologia, está entre Enterprise e a série Original.

Distribuída no Brasil pela Netflix, Discovery traz uma nova dinâmica narrativa, abandonando o formato episódico presente nas outras séries. Com elenco de peso, incluindo Jason Isacs e Doug Jones, acompanhamos a história do primeiro oficial Michael Burnham (Sonequa Martin-Green), o que seria uma nova inovação pois as outras séries não trazia um personagem como principal.

Pelos dois primeiros episódios, podemos aguardar bastante ação e esperar uma série intrigante. “The Vulcan Hello” e “Battle at the Binary Stars” funcionam como um prelúdio à saga da personagem principal e introduzem o contexto e especificidades dessa nova incursão em Star Trek. Vale destacar a excelência técnica da produção e a narrativa, que te coloca nas pontas do sofá, ou caindo da cama, depende de como você assistir.

Star Trek Discovery consegue inovar em um universo extremamente explorado, apresentando sim, uma história Star Trek com pitadas do que há de mais novo na produção cinematográfica e de dilemas atuais (ou não) da sociedade. Para os fãs é nostalgia pura, para quem não conhece, é uma oportunidade de se tornar um Trekker.

Notas importantes:

1 – Não é necessário assistir a todos os episódios da franquia para entender a história de Discovery. Recomendo assistir aos filmes e, se for seguir a cronologia do universo, episódios selecionados de Star Trek: Enterprise.

2 – O reboot de 2009 cria uma linha do tempo paralela, dessa forma não ha conexão direta entre os eventos dos filmes de 2009,  2013 e 2016 com os eventos de Discovery e nem de nenhuma outra série ou filme. Exceto Star Trek: Enterprise que se passa antes do ponto em que foi criada a linha do tempo paralela.