O Despertar da Força vai além das expectativas, arranca lágrimas dos fãs e prepara o terreno para as novas aventuras de Star Wars.
A força Despertou! Essa ideia que fica na cabeça após assistir pela primeira vez o mais novo longa metragem da franquia Star Wars. Sem dúvidas, o filme mais esperado dos últimos anos. A missão era resgatar os elementos da trilogia clássica, agradando aos atuais fãs, e cativar toda uma nova geração. Essa missão impossível ficou a cargo de ninguém menos que J. J. Abrams, o diretor e produtor mais aclamado pelo universo geek da atualidade.
É impossível descrever a ansiedade que senti na minha cadeira enquanto aguardava o inicio do filme. Nos dois últimos meses fiz uma imersão no universo canônico da saga, lendo quantos quadrinhos e livros que consegui, mas nada me preparou para o que eu estava prestes a assistir. Quando as luzes apagaram e eu soube que a história que eu iria ver aconteceu “Há muito tempo, numa galáxia muito muito distante.
Vamos aos fatos. O filme tem um ritmo frenético, acelerado. É impossível relaxar e apesar de diversos, e excelentes, momentos cômicos, a tensão prevalece. Na nova história, somos apresentados a um lado negro imprevisível e perverso. Os novos vilões, Kylo Ren, Capitã Phasma, General Hux e o Líder Supremo Sonke trazem uma atmosfera nunca vista antes na saga, uma crueldade que ouso dizer maior do que a vista no episódio III. Destaque para Kylo Ren, interpretado por Adam Driver, que da vida, de forma incrível, a um dos personagens mais complexos a aparecer na história e sim, um vilão no nível de Darth Vader.
No lado da luz, o retorno de Chewbaca, Han e Leia disparam o coração. O relacionamento as personagens de Harrison Ford e Carrie Fisher está envolvido em mistérios. O paradeiro Luke Skywalker e tema central da história guarda vários segredos. De cara somos apresentados a Poe Dameron, o melhor piloto da resistência e com uma irreverência que arranca várias risadas. Finn, um ex-stormtrooper se mostra um personagem divertido e com enorme potencial para os próximos filmes. O destaque vai para Rey, interpretada por Daisy Ridley. Simplesmente sensacional, uma personagem forte e com atitude.
Vale notar que a escolha do elenco foi impressionante. Todos surpreenderam na atuação conseguiram desenvolver o drama que seria o enredo. Por último, mas mão menos importante, Bb8 rouba a cena como o droide mais fofo de todos os tempos. C3po e R2D2 também estão de volta, mas com pouco destaque.
O visual do filme é chocante. Muito trabalho foi dedicado a produção de arte que pensou nos mínimos detalhes. Os efeitos especiais e visuais então, nem se comenta. O fato de terem buscado minimizar o uso de CGI é louvável e quando utilizado, fazem jus a fama da ILM. Quanto a trilha sonora, escutar novos temas compostos por John Wiliams é indescritível. Os efeitos sonoros trazem a nostalgia da série clássica.
Irei comentar a história abaixo da linha de spoilers, mas digo que J.J e Lawrence Kasdan fizeram um excelente trabalho. No geral, o Despertar da Força faz homenagem aos elementos da trilogia clássica e prepara o caminho para os próximos capítulos da saga. O longa segue quase a mesma linha de eventos da observada no episódio IV, mas contem elementos do V e VII. Talvez, seja por isso que para os fãs a história possa soar um pouco repetitiva, algo que facilmente relevado com a nova trama. Trama essa que vai arrancar lágrimas e revoltar os fãs. J. J. Abrams fez bonito com o Despertar da Força que supera, fácil, os episódios I, II e III, e divide os fãs como um dos melhores filmes da saga. Resta agora esperar com ansiedade 2017 com o episódio VIII, nas mãos de Rian Johnson. Ao menos, poderemos sentir mais um gostinho desse universo, com Rogue One, que estreia no ano que vem.
O texto baixo contém SPOILERS. Não recomendado para quem ainda não assistiu.
Bom, agora pra quem já viu o filme, vamos a algumas discussões. Começarei pelo novo drama familiar, o fato de Kylo Ren, ou Ben Solo, ser filho de Han e Leia e algo talvez já esperado pelos fãs que conheciam o antigo universo expandido. Mas ninguém esperava que Kylo fosse tão desequilibrado e em conflito.
O fato dele não ter completado o treinamento o torna ainda mais imprevisível. Algo que fica claro nas batalhas brutais de sabre de luz. Sim, brutais, sem o sensacionalismo das lutas de Ameaça Fantasma, ficaram brutas, pautadas não na técnica e sim na força.
Aqui vai o maior spoiler de todos. A morte de Han Solo. Talvez essa decisão seja estratégica, já que sabemos que Harrison já não está mais para o pique de Han. Por outro lado, apesar de partir o coração, a morte reforça a insanidade de Kylo Ren o o consagra como o vilão. Os fãs estão saindo com ódio do personagem. Uma cena que, na minha opinião trouxe uma das mais fantásticas alusão a luz e as trevas, esperança e desespero.
Rey como a jedi já era esperado e sobre isso não tenho muito o que falar. A força realmente desperta nela, e esse processo garante risadas e tensões. Apenas me intriga não sabermos sua genealogia, o que já gera muita especulação. Seria ela filha de Luke, irmã de Kylo Ren?
Finn e um personagem que me encantou e promete, conhecemos pouco da sua história, mas ja sabemos de sua motivação e dedicação, além de ser hilário e externar o que muitos fãs estão tendo, uma queda por Rey. Tenho certeza que Finn ainda vai aparecer muito, principalmente com relação a Capitã Phasma, vilã que foi mais uma figurante do que protagonista. Poe Dameron, como já comentei, traz uma certa irreverência que da gosto de ver, mas ficou muito superficial no filme, espero que possamos conhecer mais sobre ele.
Com relação ao lado negro. Ainda a muito o que se descobrir. Os cavalheiros de Ren e o lider Snoke ainda irão receber muito destaque nos próximos filmes. Vale ressaltar o relacionamento Kylo Ren e o General Hux, já cheio de atritos, remetendo um pouco a Vader e Tarking.
Minha opinião final e que “Star Wars, O Despertar da Força” impressiona, mata a saudade e levanta muitas outras duvidas. Ele inaugura essa nova trilogia de maneira brilhante e que irá testar os recentes diretores diretores de Hollywood.