A franquia Maze Runner acaba de ganhar seu 2° filme, Maze Runner: Prova de Fogo,uma superprodução de Hollywood de tirar o fôlego. Em todas as adaptação de livros, a fidelidade sempre gera polêmica, mas até que ponto ela pode determinar a qualidade do de um filme? A fidelidade sempre ajuda ou atrapalha?
Confesso que conheci Maze Runner pelo filme, como contei no meu post anterior. Posteriormente li os livros e notei diferenças pontuais, alterações necessárias para obviamente, adaptar o livro para as telonas. Talvez ter visto primeiro o filme pode ter Influenciado a minha opinião geral , mas não vou me atentar a isso. A minha dica para quem leu o livro é guarda-lo no fundo do seu armário e esquecer que ele existe. Brincadeiras a parte, se você procura uma adaptação fiel, pode parar por aqui. Dito isso, vamos em frente.
O segundo filme começa exatamente após os eventos do primeiro. Acompanhamos os sobreviventes do labirinto enfrentar novamente o CRUEL, dessa vez no “mundo real”, muito mais macabro. Sim, se você teve calafrios no primeiro, prepare-se. A história se passa no futuro desértico da terra. Cidades em ruínas. Após escapar das garras da organização o grupo de amigos vai em busca dos rebeldes conhecidos como o Braço Direito.
O que eles mal sabem é que seus inimigos estão a um passo a frente.
Desde o primeiro filme, podemos notar que o pensamento Maquiavélico “Os fins justificam os meios” é pivô na condução da trama. No caso, a cura para o fulgor deve ser alcançada a qualquer custo, O CRUEL é bom, o que justificaria as barbáries cometidas. As personagens acabam tendo opiniões polarizadas com relação a essa ideia o que nos leva a conhecer mais um pouco sobre cada um, principalmente Thomas e Theresa. Aliás, o filme consegue, muito bem, fazer com que o telespectador também questione a ideia.
No que diz respeito a produção, a franquia mostra, novamente, que investe pesadamente na produção de arte, efeitos visuais e fotografia. Sobre os efeitos, um único comentário sobre os zumbis que ficaram um pouco computadorizado demais. Novamente, a edição de efeitos sonoros ficou excelente e é parte essencial na construção da atmosfera do filme. É interessante comentar que esse é apenas o 5º filme do diretor Wes Ball, e mesmo com pouca bagagem fez um trabalho sensacional já notado no filme anterior. Destaque para os 3 novos personagens, Jorge (Giancarlo Esposito), Brenda (Rosa Salazar) e Jason (Aidan Gillen), que ficaram fantásticos nos papeis.
Com relação as mudanças, na minha opinião, grande parte foram compreensíveis e buscam diminuir um pouco elementos fantasiosos do livro e o deixar mais verossímil. Outras buscam aumentar a tensão da trama e diminuem os momentos e alívio cômico, algo que intensifica a falta de Chuck, personagem que morreu no primeiro filme. Por fim, as alterações também foram essenciais para manter o ritmo da narrativa.
A questão que me fiz no início do texto, se alterações colaboram ou prejudicam. Bom, na minha opinião, a fidelidade de uma adaptação não determina a sua qualidade. O próprio nome diz, é uma adaptação, e não uma “videoficação”. Adaptação são sempre bem vindas desde que colaborem para manter um bom roteiro e desde que não sejam absurdas, do tipo, vamos matar a personagem principal. No fim, um filme bom não depende de ser ou não fiel de sua inspiração, Maze Runner: Prova de Fogo é um exemplo disso.